Se nós queremos treinar nossos cavalos corretamente precisamos perceber que eles ficam “mais leves” com treinos progressivos. Em outras palavras nós deveríamos ser capazes de realizar as ajudas com menores esforços e obteríamos o mesmo resultado. Mas até agora a “melhora” era apenas percebida através do sentimento, mas os pesquisadores dinamarqueses colocaram a ciência a frente do sentimento.
Para avaliar e confirmar o desenvolvimento da leveza a pesquisadora PHD Line Peerstrup Ahrendt, do departamento de Zootecnia da Universidade de Aarhus, no Tjele, utilizou um algoritmo para medir a força das ajudas em um treinamento básico de pressão e alívio nas pistas (o reforço negativo) em uma situação de treino. Ahrendt apresentou seu traballho na 9th Conferência Internacional da Sociedade das Ciências Equestres, na Universidade de Delaware em Newark.
O reforço negativo se baseia na pressão e alívio da pressão nos treinamentos de cavalos. Isto só é chamado de negativo, em sentido matemático porque a pressão é retirada durante o processo de treinamento como reforço positivo para o bom comportamento do cavalo.
“A maioria dos treinamentos dos equinos é baseada no reforço negativo, mas eles possuem pouco estudo científicos que estudem a capacidade do cavalo de aprender com isso” disse Ahrendt. “E a habilidade de aprender é sempre avaliada subjetivamente pela experiência dos cavaleiros”. Então o desenvolvimento de um teste para avaliar a capacidade de aprendizagem do cavalo com o reforço negativo poderia nos dar um método mais objetivo de avaliar o aprendizado do cavalo.
No seu estudo Ahrendt utilizou 24 jovens cavalos islandeses que só tinham treinamento de cabresto para mover a garupa para longe da pressão usando o reforço negativo. Para isso ela usou um algômetro (dispositivo de mão que proporciona uma pressão gradual e ao mesmo tempo que mede a quantidade de pressão aplicada). Ela escolheu um dispositivo com uma superfície de 16 mm que é aproximadamente o tamanho de um dedo humano, para simular melhor as situações de treino. Ela aplicou o algômetro nos cavalos e assim que eles se afastavam da pressão ela o retirava e observava a quantidade de força necessária para obter o movimento do cavalo. Ela repetiu a experiência com os mesmos cavalos por três dias consecutivos (10 vezes no primeiro dia, sete no segundo e cinco no terceiro) para avaliar como eles reagiriam.
Como resultado do estudo ela encontrou e confirmou – o que muitos treinadores de cavalos já suspeitavam- que os cavalos aprendem a reconhecer a pressão muito rapidamente e agem de maneira para parar a pressão o mais rápido possível. Os cavalos estudados exigiam menos pressão com o treinamento progressivo. “Os cavalos estudados se moviam um pouco mais rápido à pressão a cada dia” afirmou Ahrendt.
Em outras palavras, Ahrendt forneceu a prova científica de que os cavalos não só aprendem com o reforço negativo, como eles realmente se tornam mais “suaves” com a formação adequada do reforço negativo. Entretanto, a suavidade não depende apenas do uso correto do reforço negativo, acrescenta Ahrendt, mas também saber o momento certo de aliviar a pressão.